quarta-feira, 30 de abril de 2014

Carrossel

Na cidade milenar e moderna ele viu um carrossel girando como num filme antigo ou sonho. Havia os cavalos, enormes, multicoloridos. Cada um espetado por aquela haste metálica que o sustentava e o fazia subir e descer, enquanto percorria a pista em círculo, para encanto da criança que o montava. Mas ele gostou mesmo de outro quatro patas, o que estava acima do teto -e que também girava, mas sobre o próprio eixo. Era um puro-sangue da raça dos carrosséis. Branco, como o do grande herói daquelas terras, um general baixinho e conquistador. Ele ficou olhando admirado o cavalinho e só voltou à realidade quando um menino lhe puxou a blusa para chamar atenção. Não era conhecido. Ele olhou em volta e não viu ninguém que identificasse como parente. O menino disse que queria subir no cavalinho. Ele perguntou em qual deles. O menino apontou o que pairava acima de todos.

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