quarta-feira, 24 de abril de 2013

A camisa de Rivellino

Mario Gobbi, atual presidente do Corinthians, quer homenagear Roberto Rivellino. Pediu à Nike que o uniforme do ano que vem seja igual ao usado pelo craque em 1971. Se o "Reizinho do Parque" tivesse o espírito de Coutinho ou Tostão, não aceitaria. Em 1974 foi mandado embora do clube onde nasceu, acusado de ter sido o responsável pela derrota de 1 a 0 diante do Palmeiras na final do campeonato paulista, resultado que aumentou para 20 anos o jejum de títulos do time. Sim, ele retornou em 2004 como dirigente, prova de que seu amor vale mais que a mágoa que carrega e que talvez tenha sido amenizada no primeiro confronto em que atuou contra seu ex-time. Foi em 1975, no dia 8 de fevereiro. Era a estreia atuando pelo Fluminense, num Maracanã lotado no sábado de sol e de carnaval. Ele jogou tudo que sabia e marcou 3 gols na  goleada de 4 a 1. Nelson Rodrigues, talvez o mais famoso torcedor tricolor, vibrou. É dele a frase a respeito do canhotinha: "Todo mundo tem uma distância de tiro. Rivellino, não. Nasceu com uma bomba santa e pode chutar de todas as distâncias. De perto, de longe, do meio da rua, tanto faz". Mais contundente e abrangente é o gênio da bola Diego Maradona: "Foi em Rivellino que me mirei para jogar. Até hoje, tenho em minha memória seu drible perfeito, seu passe preciso e seu chute indefensável".

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