quarta-feira, 24 de abril de 2013

No país do achincalhe

No país do achincalhe, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) evaporou a punição de sete dos 14 ex-diretores e gerentes do Banestado que foram condenados por remessa fraudulenta ao exterior de R$ 2,4 bilhões nos anos 90. A investigação começou nem 2003, um ano depois foi oferecida a denúncia e aí começou o lenga-lenga que teve este final surreal para ex-funcionários do banco estatal privatizado no ano 2000. Eles faziam parte de uma quadrilha onde alguns doleiros foram condenados mas, como que por encanto, os que enviaram o dinheiro sujo, fruto de roubo ou tráfico, jamais foram citados. O procurador federal Celso Três, que levantou a lebre e tentou ir fundo na questão, disse que o resultado era esperado e que a prescrição do crime, decretada pela Justiça, é caso único no mundo. No ano em que começaram a investigação, uma dona de casa foi presa em Paranaguá por ter roubado um salaminho num supermercado. Disse que fez isso para matar a fome de um filho. Ficou presa dois anos na delegacia, enquanto esperava a decisão da Justiça, essa mesma que é cega para os grandes bandidos da nação.

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