Uma argola enferrujada no pescoço e uma corrente esticada até onde a vista alcança. Não há ninguém na outra ponta, apenas o horizonte claro, escuro, nebuloso, radiante. Às vezes há um aperto até o ar faltar. Às vezes um movimento brusco nos joga na terra. Às vezes há um puxão o voo é longo e a brisa traz cheiro de mar e mato. Mas a argola nos prende à corrente. Um dia, quem sabe, se ela sumir, se encontre o que há na outra ponta da corrente. Pode ser deus.
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