segunda-feira, 19 de maio de 2014
Mais uma dose... de lactose
Foi a empregada quem lhe deu a triste notícia. O neto dela não dormia mais, a barriga crescia como a de menino nordestino que come barro com calango - e a criança não parava de peidar. Foram ao médico. Ele matou a charada na hora: lactose. A receita: um mês sem tomar leite e, principalmente, sem comer queijo. Essa era a perdição do guri. Se pudesse, comeria uma barra inteira de queijo prato de uma só vez. Sete dias depois, cadê os peidos, cadê o barrigão? Desapareceram. Ele ouviu a história e olhou a pança. Também era viciado no produto. Leite? Só duas gotas no balde de café da tarde. Teria de fazer a experiência, afinal, mesmo que diminuísse de peso a custa de exercícios, nada de o bucho murchar. Também peidava feito doido, mas conseguia se controlar em locais públicos. Resolveu fazer a saideira. Comprou todos os tipos possíveis. Começou a comer na sexta à noite e só parou no domingo. Depois, não saiu mais dali. Os vizinhos desconfiaram. Chamaram a polícia. Foi encontrado em estado de decomposição, caído no meio daquela montanha de produtos de origem francesa. Os ratos de assustaram com os intrusos. Tiveram de chispar do banquete.
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