terça-feira, 20 de maio de 2014
No penhasco
Disseram que ela estava lelé da cuca, fora da casinha, maluca, louca de pedra. Ele pegou um avião e se mandou para o lugar que ela foi muitos anos anos antes. Até chegar lá viajou mais um tanto de ônibus, barco e mula. A casa ficava no alto de um penhasco e só tinha uma porta. Ele bateu. Ela abriu. Os olhos continuavam luminosos, mar azul no rosto agora enrugado. Ele olhou lá no fundo e ela abriu um sorriso. Abraçou-o e disse que naquela manhã tinha pensado nele quando comeu uma esperança que apareceu no canto da mesa. Ele entrou. Só havia a mesa ali. Ela contou que também dormia em cima dela desde que teve uma visão. Ele perguntou qual. Um anjo entrou pela porta e abençoou-a dizendo que era enviado dos céus. Ele fez de conta que acreditou. Ela contou que o anjo tinha deixado uma espada para que ninguém duvidasse dela. Ele pediu para ver. Ela mostrou. Ele então fechou a porta e nunca mais saiu do lado da mãe.
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