terça-feira, 15 de setembro de 2015

Bolinhas de papel

Acertei duas vezes. Fiz bolotas de papel, virei a cadeira e arremessei para o cesto de lixo que estava lá no fundo da sala. Entraram direto, sem bater no aro de plástico. Ninguém consegue isso! Eu sou foda! Quantas vezes li nos lábios do jogador que fez o gol decisivo esta expressão tão... tão... foda? Ninguém consegue colocar duas bolinhas de papel no meu cesto de lixo. Porque ninguém tentou - e nem vai tentar. Aqui ninguém entra. Sou protegido pelas espadas de São Jorge, o Espírito Santo e todo um time que fica vigiando a porta bem na frente da entrada. Alguém aí pode se perguntar por que duas bolinhas arremessadas por um maluco são tão importantes. Tem gente que ganha milhões numa tacada e dá o maior valor a isso, mesmo que esteja roubando honestamente e atropelando o próprio caráter. Tudo é uma questão da vista do meu ponto. Joguei outra bolinha. Não entrou. Não tem problema. As duas primeiras entraram direto e salvaram meu dia tedioso.

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