sexta-feira, 10 de maio de 2013
É de manhã
Há um gosto de sangue e de hóstia. Há espuma e o fundo do mar no travesseiro. A luz entra em bigornas pelas frestas da janela. O quarto navega pelo pântano. Mãos e pés amarrados na cama. O pensamento sempre para trás. Culpas. Um cachorro late ao longe. Abre-se um buraco no chão e uma enxada desce sobre a testa dele. O sangue não jorra. Ele estava doente. Ele ainda se mexe. Alguém grita para aquele pesadelo acabar. Agora é o bandido chegando do outro lado da porta. Uma Colt 45 brilha na mão. Era um filme? Vozes de crianças. Um beijo, vários beijos, todos me abraçam. Vamos para o jardim. Uma brisa. Penso demais quando estou dormindo.
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