terça-feira, 21 de maio de 2013
Eu não pedi para nascer
Na grande cidade, a tragicomédia. Alguém disse que a vida se resume em nascer, foder e morrer. O problema é o resto do tempo. E ele é muito longo e pesado. O drama do convívio, uma farsa aprendida desde cedo. Depois, mais farsas gritantes. Alguns corajosos metem bala na cabeça, mas isso só depois de sofrerem até o esgarçamento total. A maioria se conforma, mesmo porque não sofrem, pois a dose da droga ingerida é forte. Entra religião, bens materiais, sucesso profissional, procriação para preservação da espécie, lazer, etc. Cidades são cancros na natureza. Casas, apartamentos, caixotes de todos os tamanhos onde o prazer maior é o de defecar enquanto se lê os crimes de sucesso. Em sete dias o tal deus criou o mundo. Depois colocou o bicho homem para destruir tudo sem trégua. Eu não pedi para nascer. Frase clássica dos filhos revoltados. Frase perfeita para ser adotada quando a barra está pesada demais para suportar. Mas... passa. A comédia e a tragédia continuam. Em equilíbrio.
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