segunda-feira, 13 de maio de 2013

O filósofo Nelson Ned

Existe a eterna vontade do mais, do querer mais, do ser mais. O que pode transformar a vida num inferno maior do que já é. O que seria o mais? Qual o parâmetro? Onde estamos nisso, tirando a quantificação material, que é uma das doenças da humanidade? Nesse jogo é que se equilibra a existência - fio de navalha, para usar um clichê. Contentar-se com o que se tem não é ficar passivo. Porque o que se tem, se luta para conseguir, desde que tudo começou com a batalha para sair da barriga da mãe. O mais pode ser a ilusão que uma droga dá - e ela mesmo prova que era uma fantasia perigosa. O mais é idealizar encontros, romance, sexo, profissão, capacidade de pensar, de fazer. Esquece-se que a maior loucura da vida é ela própria, tão inexplicável e frágil. Consegue-se tudo o que é possível não parando. Simples. Acompanhar e cantar músicas bregas ou não pode ser um bom começo. De Lulu Santos como uma onda no mar a Nelson Ned tudo passará. Pode ser em disco vinil, cd, mp3 ou qualquer outra traquitana dessas. Elas serão a mesma coisa. E cantar espanta os demônios.

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