quarta-feira, 26 de março de 2014

Longe da vaca preta

Era pobre. Mas limpinho, como dizem por aí. Lembra que um dia conheceu os carrinhos do autorama da Estrela na casa de um amigo classe média. Ele achou demais o brinquedo e o lugar onde estava. O polaco tinha um quarto só para ele. Depois foi este mesmo amigo que o apresentou ao hambúrguer e à vaca preta. . Ele não ficou pensando se um dia teria dinheiro suficiente para essas coisas. Não pensava. Tocava o barco, ou melhor, a bicicleta que um dia comprou. Mas ele queria uma moto e um Puma amarelo-canário. Amor à primeira vista. Anos mais tarde, profissional mediano, comprou a moto, que não sabe dirigir, um autorama, que fica dentro da caixa. Mas viciou em comer hambúrguer, tanto nas lanchonetes como os que ele mesmo fazia. Hoje lamenta a pança - que poderia ser maior se entrasse na vaca preta, mas ele não gosta do nome.

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