segunda-feira, 3 de junho de 2013
Gererê da Vaca
O Fusca passou com o que estava no banco do carona puxando fumo. Meu amigo fez um cavalo-de-pau e saiu na perseguição. O 32 que eu trazia na cintura foi tirado. Cheio de balas. Vamos dar um susto nestes vagabundos. Gritamos e rimos ao mesmo tempo. Quase chegamos perto, mas o carro sumiu por uma quebrada. Desistimos. Nos perguntamos o que faríamos se a gente os encontrasse. Mão na cabeça! Pernas abertas! Geral. O bagulho a gente ia levar. E fumar para ouvir Pink Floyd. Prisma e Vaca. Tempo dos 19. Ouvimos sim, os discos. Fumamos, sim, o gererê. Dias mais tarde uma barca nos cercou na saída de um boteco. Iam olhar tudo. Não olharam. Uma carteirinha militar pulou de uma bolsa colorida. Eles foram embora e pediram desculpa pelo transtorno. Uma pacoteira colocada dentro da cueca manteve-se em silêncio. Depois, também foi fumada. Naquele tempo era assim. Hoje é recordação enfumaçada.
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