quarta-feira, 5 de junho de 2013
Pela janela
O bar tinha uma janela ao lado da porta de entrada. Os dois chegaram ali prontos para o crime. Mamados. Um sentou na cadeira da primeira mesa. O outro foi conversar com outros bêbados na curva que o balcão fazia. O da entrada encafifou de passar a mão na bunda dos homens que ali entravam. Fez isso várias vezes e ninguém reclamou. Eram outros bêbados que chegavam e até riam. O da curva resolveu sair do bar pela janela. E entrar novamente. Espatifou-se tanto dentro quanto fora, mas continuou até que uma chuva começou a cair forte. Ele gostou. Tirou a roupa e desembestou correndo pela rua de paralelepípedos. O da mão na bunda ria e ria e ria. Depois foi atrás, mas só de cueca. Fazia um frio de rachar. Eles voltaram tremendo muito. Pediram conhaque. Beberam. Ninguém reclamou. Saíram. Entraram no carro de um deles. Chegaram vivos em suas respectivas casas. No dia seguinte voltaram para pegar as roupas. Perguntaram o que tinham feito. Ninguém respondeu. Eles beberam de novo.
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