segunda-feira, 14 de julho de 2014

Encontro com Anna Magnani

Ele viu Anna Magnani no rosto da prostituta da Casa de Pedra. Queria ser o motorista de caminhão alucinadamente apaixonado por aquelas olheiras, mesmo estando longe de ter qualquer traço da fachada e do corpo de acrobata de Burt Lancaster. Cinco "velho Jack" regados a muita cerveja sempre faziam isso com ele. A vida se transformava em película e o coração era mais romântico que um casal enamorado dançando na penumbra ao som de um bolero. Anna veio a um sinal. De perto ele sentiu o perfume do jardim daquele lar doce lar da viúva de A Rosa Tatuada. E mergulhou sem se preocupar se teria águas calmas ou um precipício a espera. Acordou no dia seguinte - e Anna não era Anna. Ela perguntou se ele estava bem. Ele disse que sim. Ouviu o choro de uma criança dentro da casa de madeira. Não se importou. Pagou e saiu caminhando com o sol lhe ferindo os olhos. Estava numa rua de terra vermelha. Caminhou como nos finais de vários filmes. O dele demoraria muito para terminar.

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