O professor apresentou um desenho com algumas marcas, um corpo caído no chão, alguém do lado, sentado, os dois furados de bala, etc. Deu os calibres dos cartuchos encontrados e as armas usadas. Explicou que a casa era de um traficante, um dos personagens fugiu e na cena também havia um policial que deu um tiro de fora da casa, pela janela. Pediu para que estudassem tudo e explicassem o que teria acontecido ali. A menina olhou aquilo, pesquisou as armas, como as cápsulas saíam das automáticas depois de deflagradas, enfim, fez o trabalho técnico e partiu para a elaboração da tese. Em tempo: o corpo que estava morto tinha a cabeça furada por três balaços mas, antes, tentaram enforcá-lo. O ferido que estava ao seu levou dois tiros e estava vivo quando a polícia chegou. Na véspera de entregar o trabalho, a estudante fundiu a cuca, se ajoelhou e pediu ajuda. Qualquer uma, para escrever em 1.500 palavras sua teoria. Dormiu assim. Acordou e o texto estava escrito com o melhor do inglês. Ela frequentava, como visitante, uma universidade no país de Shakespeare. Não havia assinatura, mas ao lado, dois livros que nunca tinha visto antes estavam autografados por Raymond Chandler e Dashiell Hammett.
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