segunda-feira, 20 de junho de 2016
Fim de tarde
Vi o quadro e entrei nele. Não lembro quem pintou, onde foi que o encontrei, nada. Especial ele era porque não tinha nada de especial. Uma casa grande, algumas árvores em volta, um poste com uma luz amarelada na frente e um céu… Foi aquele céu azul, sem uma nuvem, naquela hora entre o fim do dia e o começo da noite. Sim, foi ele que me atraiu para dentro da tela como um imã de ilusão. E a mistura daquela luz natural com a elétrica me fez querer conhecer o lugar, rodar o mundo atrás daquele momento. Para bater na porta do casarão e saber quem mora lá dentro. Uma família ou uma donzela de contos de fada a esperar um olhar iluminado? Nunca mais vi a tela, apesar de procurar feito um louco nos museus. Outro dia, andando pela cidade, aquela luz me encantou de novo. Parei o carro e havia um poste com luz amarelada em frente a uma casa no alto de um terreno que começava no final de uma rua sem saída. A casa era parecida. Abri o portão e entrei. Não precisei bater à porta ou me anunciar. Eu moro nela.
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