terça-feira, 28 de junho de 2016

Penúltima

De Marcos Prado



Como posso agora estar alegre? 
era de se esperar que eu desesperasse 
talvez mais tarde eu desintegre 
entre o penúltimo gole do último porre 
e leve ao meu lado os que me seguem 

sim, 
perdi a razão do que eu achava e do que eu acho, 
mas aprendi que o céu é mais embaixo 
ainda não sei o quanto dei 
a tantas quantas amei 
ainda não sei ao certo se eu errei

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