quinta-feira, 25 de julho de 2013

Aula de pecado

O comportamento das espécies mamíferas pode ser avaliado pela tábua de logarítimos através do acelerador das partículas que desembocam na foz do rio São Francisco. Ela poderia ter dito isso, mas dava uma aula de religião como professora substituta do noivo, que estava doente. Alguém deveria proibi-la de transitar pelos corredores entre as carteiras dos meninos. Usava um vestido que certamente foi costurado no corpo dela, de tão justo. E tinha uma bunda que era um monumento à todos os pensamentos eróticos daqueles meninos que ainda estudavam o primeiro grau. Um mais ousado colocou espelhinho no sapato para ver a calcinha da mestra enquanto ela falava sobre orações e a Bíblia. Nunca contou que cor era. O delírio não terminava com a campainha do fim da aula. Todos tinham que procurar a sala da matéria seguinte. Ela saía primeiro, com toda a garotada hipnotizada naquela dança infernal de nádegas. Não, aqueles cinquenta minutos não eram uma aula de religião. Eram de pecado mais que consentido. Um dia, sumiu, para ficar para sempre.

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